Angel’s Landing Hike

Um post à parte sobre a trilha até o Angel’s Landing, no Zion National Park.

Desde que comecei a me informar sobre o parque, li alguma coisa sobre a trilha e não tinha jeito, não saía da minha cabeça. “Assustadora! Maravilhosa! Difícil! Perigosa! Vista linda.”

Eu estou longe de ser uma pessoa atlética, gosto de fazer ‘hiking’ uma vez e outra e tenho um pouco de medo de altura. A trilha completa é de 5 milhas (8 km) e o ganho de altitude é de uns 450m.

Havia planejado a trilha para o primeiro dia no parque. Iríamos começar logo cedo: pegaríamos o ônibus das 5:45h para chegar no topo cedo e começar a descida sem ter muita gente cruzando conosco na descida. Infelizmente o marido pegou um resfriado e não estava em condições físicas para enfrentar uma caminhada tão longa e extenuante. Resolvemos esperar o dia seguinte.
Na mesma noite, concordamos que somente eu estava apta para a empreitada. E olhe lá! Já disse que estou longe de ser uma pessoa bem condicionada.

Deixei o lodge às 5:30h e 15 minutos depois, eu e mais 15 outras pessoas estávamos no primeiro ônibus com destino ao parque. Ainda escuro, o dia apenas começando. Silêncio.

Lá estava eu, sozinha, iniciando a caminhada. As primeiras duas milhas foram fáceis, mas fiz algumas paradas para fotos e também para descansar. Levei 50 minutos até chegar ao Scout’s Lookout (depois do Walter’s Wiggles – zig-zags) que é ponto onde o negócio ‘pega’. A partir dali é meia milha de caminhada – se é que se pode chamar isso de caminhada – por uma rota á beira do penhasco. Na maior parte do trecho há correntes para servir de apoio… apoio moral.

Eu sabia que tinha um casal atrás de mim, mas eles estavam demorando para chegar. Resolvi começar. O negócio é assustador em alguns trechos, não sei se as fotos fazem jus ao desafio.

Quase chegando no topo do Angel’s Landing, um grupo de 5 pessoas passou por mim. Levei 50 minutos para terminar essa última meia milha. Uma vez no topo, tirei fotos do grupo e eles tiraram um foto minha. Fiquei pouquíssimo tempo lá encima. Estava mais preocupada com a descida do que relaxar e comemorar o feito.

Na descida, finalmente cruzei com o casal que eu tinha visto atrás de mim, quando comecei a subida, lá embaixo, ainda no ponto de ônibus. De longe eu já via mais gente chegando mas felizmente só cruzei com 8 pessoas no total. Levei 30 minutos para descer aquela meia milha assustadora. Um passo em falso, um escorregão e bau-bau. Em muitos trechos, desci sentada, usando o apoio dos braços e por isso que eles estão mais doloridos do que as minhas pernas.

Ah, finalmente cheguei no Scout’s Lookout e pude relaxar. Baita fome. Fiquei lá sentada por meia hora, comendo meu sanduba e vendo aquele batalhão de gente chegando e vendo a cara deles. Alguns continuando e outros desistindo. Uma das gurias começou e não demorou muito, vi ela sentada. Ela desistiu. Voltou, que nem um caranguejo. Quando ela chegou perto, veio conversar comigo. Ela disse que estava prestes a vomitar e não teve condições de continuar. Falei para ela que eu subi ao topo, mas não faria isso de novo não.

Mas agora aqui, segura, revendo as fotos… Sabendo que eu consegui terminar bem, sei lá, é capaz de fazer de novo um dia. Mas ao mesmo tempo, não sei.

E mudando de assunto, ou melhor de parque, ouvi um pessoal comentando sobre uma trilha animal, no Half Dome, Yosemite National Park – 16 milhas. Um novo desafio?

Zion National Park, Utah

Impressionante! É isso o que eu tenho a dizer sobre o Zion National Park. Quando você acha que já viu vários parques nacionais lindos, você topa com um Zion Natl. Park.
O que que é isso meu amigo?

Fizemos algumas trilhas e todas são lindas.
No Zion não se entra com o carro no verão, alta temporada. Todo mundo é ‘obrigado’ a usar o ônibus que pára em todos os pontos de interesse do parque. É ótimo.

Ficamos hospedados na cidade de Springdale, que fica ali, logo na entrada do parque. O sistema de transporte público da cidade, até a entrada do parque, é gratuito para incentivar o pessoal a deixar o carro fora das estradas.

Para quem ainda tem dúvida se vale a pena visitar o parque, vá! Você não irá se arrepender.
O Bryce National Park fica ali perto também, mas não deu tempo de visitá-lo desta vez.




Resumo da Ópera, até agora

A nossa viagem começou em Las Vegas, no sábado.
Saímos de Seattle na sexta-feira à noite e depois de muito atraso, decolamos. Decolamos e voltamos para Seattle porque uma das portas do compartimento de carga não havia sido bem fechada. 23:30h era o horário original para chegar em Las Vegas, chegamos lá somente às 3h da manhã.

Pernoitamos num hotel ali perto do aeroporto e à tarde dirigimos até Page, no estado do Arizona. Que região bonitinha e quente. Ficamos num hotel à beira do Lake Powell. Foi um dia super longo e cansativo.

No dia seguinte, domingo, o destino era o lado norte do Grand Canyon. Já visitamos o lado sul do parque, anos atrás, e posso dizer que gostei mais do lado norte. Menos gente, clima mais ameno – até restos de neve vimos em alguns trechos -, vistas maravilhosas, trilhas lindas de acesso fácil para qualquer um.

À noite voltamos para Page, e ontem, finalmente foi o dia de conhecer o Antelope Canyon. Fizemos um tour fotográfico e o negócio é estressante. O canyon é lindo mas para conseguir uma foto sem todo aquele povo aparecendo, é uma trabalheira.
De qualquer maneira, é um lugar muito bonito e vale a pena visitar, mas se você é avesso a espaços pequenos e muita gente nesses espaços pequenos, deixe para ir mais no final do dia. É que a maioria das pessoas vai entre 10:30h e meio-dia quando o ângulo dos raios de sol proporcionam fotos mais bonitas.

E agora, estamos no Zion National Park, no estado de Utah. E o Zion é LINDO! Como é que demoramos tanto tempo para vir para cá? Vou postar algumas fotos em seguida.